domingo, 6 de novembro de 2011
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"É um movimento de poetas e de poesia. Tem a aparência
de uma cadeia. Cadeia sinonímia de corrente. Sempre circulando. Sempre em
movimento. De braços dados estamos lutando - com e pela palavra – pelo direito à
vida. Vida com qualidade. Do ar sem poluição. Da água límpida. Da manutenção das
matas. Do direito das minorias. Dos aviltados. Pela voz de todos os povos –
oprimidos ou não. Não há que se falar em norte único do movimento . Para se
fazer ouvir poeta e poesia chegam com a palavra efetiva, de composições, mitos,
espécies, formas, metrificadas ou não. A poesia é a dialética da vida .
Exprime-se em cores ou figuras. Imita a vida com o som, com o ritmo, com a
harmonia. É tragédia ou comédia. Um canto, um ritmo. Epopéia, versos soltos,
poemas livres...
Tudo o que está escrito no Manifesto faz parte.... Mas,
é muito mais do que isso! Cada um tem de buscar dentro de si, não esperar que
lhes diga o que pode ou deve fazer".
DELASNIEVE DASPET
(Sub-Secretária
para as Américas e Embaixadora para o Brasil, deste movimento poético que teve
seu início em Santiago, Chile e se encontra presente em mais de 100
países).
FONTE: Revista Amigos
Web 16
LUIS ARIAS MANZO
Poeta Chileno de destaque, criador do Poetas Del Mundo, é grande difusor da poesia a nível Mundial. Voltado completamente aos problemas que afligem as nações, Arias é sempre um olhar firme e cuidadoso que propõe, de forma solidária e humana, mudanças nos contextos cruéis que assolam a humanidade, através da arte escrita, que transcende o lirismo de seus versos.
Poetas Del Mundo
(encontro Poetas del Mundo em Buzios/RJ)
Uma
península de corrente humana
Composta por poetas Del mundo
Um fluxo de
águas abençoadas, fontes de magias
Inspirados nos ventos, com sabor de
poesias
Em versos valsavam os poetas
Num belo encontro da Paz
Ao
som de músicas em festas
Dedilhado por um belo rapaz
Rua das pedras,
versos e animação
Antes vilarejo dos pescadores
Hoje cidade de búzios, uma
linda armação.
Uma armação que ficará eterna,
glorificada
Confraternização de grafias em mares de alegrias
Um bailado em
letras, belas e ritmadas.
Angela Chagas
POESIA MATUTA
Minha poesia é simples, matuta,
Seivada de natureza, grama e capim.
Tingida de por-do-sol, lua, grilos e cigarras;
E roncos de bugios
Rasgando os perigos noturnos
Em aloiradas madrugadas
Minha poesia mostra o dia
Trivialmente verde arvoral
Chova ou faça sol!
Soma invernos,
Primaveras e verões,
Para fazer a beleza outonal.
Entardecer é processo de ruminação
Junto ao gado no pasto
E as sábias galinhas empoleiradas
Nos fortes braços dos ingazeiros.
DESCARADAS ESTAMPAS
Sorriso matuto tatua
Vinca pele frugal
Carne facial
Roteiro de comunicação;
Na liberdade da nudez
Cisma o sol
Sangra e jorra
Descaradas estampas;
Veste-me a brancura
Cisma grafia de onça
Pinta jaguatirica.
Desconfiada espio
No rasgo celeste...
Inescrupulosidade estacione em mim.
ROSA DOS VENTOS
Universalidade converge
Depura rosa-dos-ventos
Rumina amor em poesia
Olhos marejam
versos d'água
invisível chuva noturna
prova a grama na alvorada
O pranto da lua
Choro de alegria
fervilha vida no escuro
cantaria, danças
afinadas orquestras.
Silêncio é grado ao sol
guarda ofuscante
miscelânea do confuso
encrustação do calor
que guarda arco-íris.
PÃO
Sovo pão nos departamentos bucais;
sede da língua
fome dos dentes,
linguagem do paladar
amassa-pão,
Celeste massa!
Boca cheia cria levedada fantasia
ejeta picância à saliva
para fermentar rodeios
invasões na varanda do pensamento.
Mastigo lembranças,
imagináveis emoçoes
estacionadas em desconhecida alvorada;
Divagações na avenida do crânio
trânsito livre
logro do esmo
idéias viajeiras para passado,
futuro, histórias, personagens,
pessoas e lugares ,
antiga e atual mente;
Na cumbuca cerebral
fornalha assa-pães.
Como pão
untado de especiarias matinais;
Trituração de sal, fel, mel
Roça e curral.
Digestão libera verdades...
Sangria de conclusão.
PAZ AMBIENTAL
Setembro decifra segredos
códigos primaveris feitos por cigarras
exclusivo canto por entre luzes de sol, de lua e vaga-lumes,
Intenso movimento de árvores saudosas da chuva;
Vento em roda-viva brinca na florescência do Jacarandá
leves beijos roçam tapete floral do roxo Tarumã.
Primavera é filha do inverno,
mãe do verão, e neta do outono;
Corpo tatuado, traços de aves coloridas,
marcas de seu parentesco;
Flores perfumadas, ungidas da límpida bonança.
Primavera é estação maternal
pari alegria, harmonia familiar de flora e fauna.
Viva a Primavera da menina Ana Carolina
Bóiam no azul.
inflados
retalhos,
chumaços celestes de lembranças infantis.
Flutuantes coisas,
aladas tipo pensamento
ensaboado e untado de fabulosidade;
Escorregam da visão brincadeiras:
pega-pega, esconde-esconde,
anjos,
portais e templos,
flores, frutas, embarcações;
Aves, porcos, carneiros;
Charretes e belos cavalos brancos.
Composições do vento
Desfilam na
imaginária passarela
Dos olhos andarilhos em nuvens
Ao léu do céu
primaveril.
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